quarta-feira, 6 de abril de 2011

Entendendo Isaías – Caps. 13 e 14




 

Olhar Profético


Um olhar mais profundo nas profecias para o tempo do fim...

Os Tempos do Fim Segundo Isaías, Parte 4

Sáb, 14 de Março de 2009 00:54 Jack Kelley Ikvot ha'Mashiach - Ikvot ha'Mashiach

 



Estudo Bíblico por Jack Kelley - www.gracethrufaith.com

Este episódio de Os Tempos do Fim Segundo Isaías é totalmente sobre Babilônia. O fato de que eu incluí Isaías 13-14:23 nesta série demonstra minha crença de que Babilônia nunca foi destruída da forma como Isaías irá descrever para nós aqui, e que há um papel mais importante nos tempos do fim para essa antiga cidade. Na Bíblia, a única cidade mencionada mais frequentemente é Jerusalém. De fato, alguns chegaram a caracterizar a Bíblia como "Um Conto de Duas Cidades", Babilônia, a cidade de Satanás, versus Jerusalém, a cidade de Deus. Não é de admirar que as duas estejam sempre em conflito.

Babilônia é a origem de toda religião falsa e mitologia, toda tentativa de negar e derrubar a palavra do verdadeiro Deus. Ela é o lugar onde o homen se rebelou contra Deus no começo dos tempos. Porque, então, é tão difícil para as pessoas acreditar que Babilônia se elevará à proeminência novamente para a rebelião do homem no final dos Tempos? Não é Satanás a força motivadora por trá da rebelião do homem? Aqueles que alegorizam as referências dos Tempos do Fim a Babilônia simplesmente não entendem o significado espiritual dessa grande cidade. Assim como aquele cuja cidade ela é, Babilônia foi e já não é, e há de vir novamente, e irá à perdição. (Apocalipse 17:8)

Isaías 13 ... Uma Profecia Contra Babilônia
 
PESO de Babilônia, que viu Isaías, filho de Amós.
Alçai uma bandeira sobre o monte elevado, levantai a voz para eles; acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos nobres.Eu dei ordens aos meus santificados; sim, já chamei os meus poderosos para executarem a minha ira, os que exultam com a minha majestade.
Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, como a de muito povo; o som do rebuliço de reinos e de nações congregados. O Senhor dos Exércitos passa em revista o exército de guerra.
Já vem de uma terra remota, desde a extremidade do céu, o Senhor, e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda aquela terra.
Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação. Portanto, todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderarse-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher com dores de parto; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes.
Eis que vem o dia do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz.
 
E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos. Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir. (Isaías 13:1-12)

Isaías começa com uma declaração geral identificando quando a desctruição definitiva de Babilônia acontecerá. Será durante o tempo em que o Senhor julgar o mundo por sua maldade, um tempo geralmente chamado de O Dia Do Senhor, ou A Grande Tribulação. Para ter certeza de que entendemos isto, vemos a referência ao sol, à lua e às estrelas em Mateus 24:29, onde eles sinalizam o fim da Grande Tribulação.

Por isso farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira.
E cada um será como a corça que foge, e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo, e cada um fugirá para a sua terra. Todo o que for achado será transpassado; e todo o que se unir a ele cairá à espada. E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro. E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se compadecerão do fruto do ventre; os seus olhos não pouparão aos filhos. (Isaías 13:13-18)

Os Medos eram parceiros dos Persas que conquistaram Babilônia em 539 AC. Mas nada como o que é descrito aqui aconteceu naquele tempo. Como previsto em Isaías 45, os Medos e Persas tomaram Babilônia sem batalha. De fato, passaram-se vários dias antes que todos os residentes descobrissem que haviam se tornado uma Cidade Persa. Os Medos, hoje chamados Curdos, são um povo ferozmente independente cuja terra natal se estende pelas fronteiras da Turquia, Irã e Iraque. Tendo sido perseguidos por todos os três países, particularmente pelo Iraque, não será necessário nenhum incentivo especial para que eles se lancem contra Babilônia quando chegar a hora.

E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada, nem nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos.
 
Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali. E os animais selvagens das ilhas uivarão em suas casas vazias, como também os chacais nos seus palácios de prazer; pois bem perto já vem chegando o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão. (Isaías 13:19-22)
As ruínas de Sodoma e Gomorra não foram descobertas até séculos depois de desaparecerem em uma feroz chuva de fogo que transformou tudo em cinzas. As evidências mostram que bolas de enxofre de até 5000 graus centígrados chuveram do céu queimando tudo o que estava à vista e derretendo a areia até se transformar em vidro. Todo o ecosistema pereceu e a terra se tornou um deserto desnudo, jamais habitado novamente.

Em contraste, Babilônia foi continuamente habitada depois de sua captura, primeiro pelos Persas, que a tornaram caputal privincial e depois pelos Gregos quando conquistaram os Persas. Alexandre o Grande morreu lá, depois de conquistar o mundo conhecido. Babilônia permaneceu uma província das várias iterações do Império Persa até 650AD, quazse 1200 anos depois de ser conquistada. Hoje, uma pequena cidade chamada Al-Hillah se encontra entre as antigas ruínas.

Em meados dos anos 80, Saddam Hussein gastou milhões em um projeto de restauração, transformando Babilônia em uma cidade cerimonial para casamentos e outros eventos especiais. Os líderes Iraquianos atuais têm planos de completar a restauração de Babilônia, transformando-a em um centro cultural completo com shopping centers, hotéis e, talvez, um parque temático. O governo dos EUA recentemente doou 700.000 dólores para financiar estudos para a renovação. O plano é que um dia em breve milhões de pessoas visitarão Babilônia novamente.

A linguagem original desta passagem continha palavras que crê-se sejam nomes de demônios. Dizem que os nomes de animais as substituíram para tornar a passagem inteligível para mentes ocidentais.

Isaías 14 ... O Rei De Babilônia
 
PORQUE o Senhor se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros, e se achegarão à casa de Jacó.
E os povos os receberão, e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel os possuirá por servos, e por servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram, e dominarão sobre os seus opressores. (Isaiah 14:1-2)

Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei os remanescentes que eu deixar. (Jeremias 50:20)

Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. E purificarei o sangue dos que eu não tinha purificado; porque o Senhor habitará em Sião. (Joel 3:20-21)

Isaías 14 começa com um lembrete de que no Fim dos Tempos Deus se lembraria do Seu povo e o traria de volta para a Terra que Ele prometera seria deles para sempre. Muitos dos colonizadores seriam convertidos ao Judaísmo dentre os Gentios da Europa, trabalhando lado-a-lado com os descendentes das 12 tribos para construir seu país novamente. Nós já vimos como nações Gentias como Inglaterra e Estados Unidos ajudaram isso a acontecer. Em breve, os inimigos que os oprimem hoje serão seus súditos, até mesmos seus servos.

Outras profecias ainda por se cumprirem falam de um dia em que o Senhor perdoará tão completamente Israel que até quem procurar uma acusação para lançar nada encontrará. É difícil imaginar como tal mudança poderia acontecer. Zacarias explica o que tornará isto possível.

Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. (Zacarias 12:10)

Uma vez que os olhos da nação se abram para o Messias, será como um novo dia nascendo. Eles descobrirão que Seu sangue cobriu até mesmo o pecado de derramá-lo, e Ele novamente terá prazer em habitar no meio deles, e desta vez para sempre (Ezequiel 43:7). E agora, de volta a Babilônia.
E acontecerá que no dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do teu sofrimento, e do teu pavor, e da dura servidão com que te fizeram servir, então proferirás este provérbio contra o rei de Babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada! Já quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.
 
Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando. Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: "Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar". (Isaías 14:3-8)
No capítulo 13 nós vimos a destruição da cidade. Agora o Senhor faz Isaías se voltar para aquele que causou todos os probelmas do mundo. Como veremos, Ele não está falando de Nabucodonosor, nem mesmo do Anticristo.
O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.
 
Estes todos responderão, e te dirão: "Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós."
 
Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão. (Isaías 14:9-11)

O Rei de Babilônia se juntará àqueles que tolamente escolheram segui-lo através das eras. Todos os homens poderosos do mundo finalmente verão que ele não era melhor do que eles. Ainda que ele lhes prometera coisas grandiosas, até mesmo "todos os Reinos do Munod", no final ele não podem nem mesmo salvar-se a si mesmo da ira de Deus, e partilhará do miserável destino deles.

Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
E tu dizias no teu coração: "Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo". (Isaías 14:12-14)

Na versão King James lê-se "Lúcifer, filho da manhã" no verso 12 ao invés de "estrela da manhã, filha da alva". Lúcifer é uma palavra que significa "portador de luz" e vem da tradução do verso 12 em Latim. A frase em Hebraico é "Heylel ben Shakar" e é possivelmente o nome verdadeiro do diabo. Heylel vem de uma palavra raiz que significa "brilhar" no sentido de vanglória tola ou fazer um show de si mesmo. Ela é a fonte do título "o brilhante". Ben significa "filho" e shakar significa "alva". Então, Heylel ben Shakar significa "o brilhate, filho da alva".

Quando traduziu a Bíblia para o Latim em 382-384AD, Jerônimo usou a palavra Lúcifer para heylel em Isaías 14:12, dando ao diabo um novo nome. Algumas traduções posteriores incorretamente usam estrela da manhã em seu lugar, talvez evitando personificá-lo. Mas a verdadeira Estrela da Manhã é Jesus, como Pedro escreveu em 2 Pedro 1:19 e como o próprio Jesus disse em Apocalipse 22:16. (Sendo uma palavra Latina, Lúcifer não é encontrada na Escritura Hebraica. O nome Satanás, ou Satan, vem diretamente do Hebraico haSatan, que significa "o adversário", então este também não é realmente o seu nome, mas é parte da descrição do seu trabalho.)

Tendo estabelecido que o Lenhor realmente tinhas Satanás em vista, não o rei terreno de Babilônia, Isaías descortinou a base para a sua rebelião. Satanás almejava subir ao céu e erigir seu trono (assento de poder) sobre todos os outros anjos, para se assentar no monte da assembléia, em suas maiores alturas. Isso significa que ele queria ser oficialmente reconhecido como superior a toda a hoste angélica e o objeto de sua adoração e louvor, e mesmo alem disso, fazer-se igual a Deus, pelo menos em um aspecto.

Como O Altíssimo
 
Acredito que a utilização do título O Altíssimo por Isaías ao referir-se a Deus, pretendia demonstrar que Satanás não se iludiu a pensar que pudesse jamais ser reconhecido como o Criador. A primeira utilização da frase O Altíssimo em conexão com Deus aparece em Gêneses 14:18. Então, no verso 19, Melquisedeque abençoou Abraão no nome do Deus Altíssimo, chamando-O de possuidor do Céu e da Terra. Satanás não estava tentando substituir a Deus como Criador da Terra. Ele queria possuí-la, e a todos sobre ela.

Quando não pode conseguí-lo legitimamente, ele roubou fazendo com que Adão e Eva desobedecessem a Deus. Sabemos disto porque na tentação do deserto ele ofereceu todos os reinos do mundo ao Senhor, dizendo que eles lhe haviam sido dados (Lucas 4:6). Conquanto o Senhor tenha rejeitado sua oferta, Ele não contestou sua afirmação. É por isso que Jesus chamou Satanás de "o príncipe deste mundo" (João 12:31, 14:30, 16:11), também por isso Paulo disse que ele é "o deus deste século" (2 Cor. 4:4) e João escreveu, "todo o mundo está no maligno" (1 João 5:19). É por isso também que Paulo escreveu sobre o Senhor redimir a criação, não somente a nós (Romanos 8:19-21). Com o Seu sangue Ele redimiu tudo o que Adão perdeu.

E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?
Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada. Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.
Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada. Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades. (Isaías 14:15-21)

No pensamento meso-oriental, matar um homem não é o pior que você pode fazer a ele. A pior coisa é negar-lhe um enterro decente depois. Satanás passará os 1000 anos da Era do Reino em meio aos corpos putrefatos de seus seguidores, negada a cortesia de sua própria sepultura. Em contraste com o Ramo Justo, ele se tornou o ramo rejeitado. Pelo engano ele ganhou a Terra e seus habitantes, mas destruiu um e matou o outro. No final dos 1000 anos, ele e seus seguidores ressuscitarão, mas para a destruição, não para a herança (Apo. 20:7-15).

"Porque me levantarei contra eles", diz o Senhor dos Exércitos, "e extirparei de Babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto", diz o Senhor.
"E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição", diz o Senhor dos Exércitos. (Isaías14:22-23)

A passagem chega ao final com a repetição de sua mensagem inicial. Babilônia será destruída, mas depois de ver a extensão da sua destruição, sabemos que não aconteceu ainda. Jeremias 50-51 nos conta a mesma história com ainda mais detalhe, confirmando p relato de Isaías. E para a sua versão da destruição de Babilônia (Apo. 18) João emprestou a linguagem desses dois profetas. Está claro que eles estavam falando sobre o mesmo evento. Pelo testemunho de duas ou três testemunhas uma coisa será estabelecida (Deut. 19:15).